quarta-feira, 19 de setembro de 2012


Incentive o aluno com Artrite Reumatóide à prática do Pilates


Foto: Storify.com
Por Marília Zara


A característica básica da Artrite Reumatóide (AR) ou Doença Reumatóide é o aparecimento do processo inflamatório crônico que causa dano progressivo principalmente no sistema musculoesquelético. Podem ocorrer manifestações extra-articulares como febre, mal-estar, perda de peso, fadiga, acometimento pulmonar e hematológico, entre outros. Esse processo inflamatório crônico no sistema musculosesquelético induz às alterações na composição celular e no perfil da sinóvia, resultando em problemas articulares, ósseos e nas cartilagens. Tem etiologia desconhecida e por isso, diversos estudos têm sido sugeridos para encontrar uma causa definida. As alterações nas imunoglobulinas e no fator reumatóide potencializam o aparecimento dessa doença. O envolvimento poliarticular traz complicações nos movimentos do dia a dia, como resultados de um processo inflamatório da sinóvia.
Os critérios para classificação da AR são:

  • Rigidez matinal;
  • Edema de tecidos moles de três ou mais áreas articulares;
  • Edemas das articulações das mãos ou do punho;
  • Edemas simétricos;
  • Nódulos reumatóides;
  • Presença de fator reumatóide diagnosticado por exame clínico, erosões radiográficas e/ou osteopenia periarticular nas articulações da mão e ou punho.

De acordo com a Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, estudos indicam que a prática de Exercícios Físicos (EF) é imprescindível e que por meio dele os pacientes portadores de AR podem melhorar a aptidão aeróbia, a força muscular, a mobilidade articular, a aptidão funcional e até mesmo o humor, sem dano articular significativo ou piora no processo inflamatório.

Ainda hoje não existe um protocolo de EF padrão no tratamento da AR. Diversas propostas são apresentadas na literatura especializada e atual que, embora se mostrem divergentes com relação ao tipo de exercício, frequência, duração e intensidade, parecem concordar que os EF, inclusive protocolos de alta intensidade, são seguros para os pacientes e efetivos no tratamento da doença.

De acordo com as sugestões dadas acima, o Pilates seria uma excelente opção para esse grupo de indivíduos com AR. Proporciona benefícios como aumento na força do centro, melhora na estabilidade e mobilidade articular, previne dores, ajuda na melhora dos movimentos diários, diminui o impacto nas articulações, melhora de equilíbrio, força e coordenação.

Algumas dicas nos exercícios de pilates são sugeridas abaixo:

  • Preocupar-se com a tensão das molas, tanto em exercícios para MMSS como para exercícios de MMII;
  • Exercícios de Alongamentos, priorizando o bom alinhamento;
  • Faça o aluno se movimentar, mobilizar as articulações;
  • Evite movimentos excessivos que levem à fadiga;
  • Períodos alternados de exercícios físicos e repouso são recomendados;

Além das dicas citadas acima, o Pilates proporcionará uma melhora na consciência corporal do indivíduo com AR, que resultará em movimento diários mais eficientes potencializando uma estrutura corporal equilibrada.

É importante que o instrutor de Pilates e o próprio aluno identifiquem as melhores posições para execução dos movimentos, evitando complicações futuras e facilitando a inclusão de novos exercícios na programação.

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