sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Corredores podem ter passadas mais eficazes com Pilates




Corredores podem ter passadas mais eficazes com Pilates 
Ganho de força na região abdominal e melhoria na respiração estão entre os benefícios da prática do Pilates para os corredores
 
foto: chico audi
Para aqueles que estão se preparando para a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre, aí vai uma dica importante: o Pilates pode ajudar muito o seu desempenho durante os 15 quilômetros da prova. O crescimento no número de adeptos, entre atletas amadores e profissionais, comprova que o método criado por Joseph Pilates há mais de 80 anos é versátil e gera resultado.
Independente da modalidade esportiva praticada, o Pilates como complemento proporciona melhor equilíbrio, boa respiração e ganho de força, principalmente na região abdominal. Os corredores, por exemplo, se beneficiam ainda mais com os exercícios feitos para o quadrante inferior do corpo: tornozelos, panturrilha, joelho, coxas e quadril, fundamentais para as passadas.
Mas vale lembrar que a corrida também envolve outras regiões que não podem ser esquecidas na hora do fortalecimento, como, a coluna, que desempenha um papel fundamental por ser o nosso eixo principal. Por isso, a parede abdominal, responsável por sustentar a coluna, deve ser fortalecida com o Pilates, proporcionando movimentos seguros na hora da corrida.
Pelo fato do Pilates trabalhar o aluno em diferentes bases, é possível desafiá-lo a cada aula e, dessa forma, o controle muscular aumenta progressivamente. Além disso, o método ensina que todos os músculos do corpo devem ser trabalhados em equilíbrio para não sobrecarregar nenhuma área. Com isso, o corredor também se beneficia na prevenção de lesões.
Para ter todos os benefícios da modalidade e aprimorar a corrida, é aconselhável praticar Pilates de duas a três vezes por semana em estúdio, ou seja, em aulas que envolvem equipamentos e exercícios no solo, chamado de mat Pilates.
 | Por Letícia Toledo - coordenadora técnica Pilates StudioFit       

Adolescentes e o Pilates




Adolescentes e o Pilates

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Adolescentes e o Pilates
Ao criar seu método, Joseph Pilates objetivava um trabalho de condicionamento muscular esquelético (força, flexibilidade e resistência), estabilidade do centro do corpo (enfatizando a cintura pélvica e escapular), o alinhamento corporal e a respiração, atendendo todas as idades. Pense agora no atual perfil dos jovens: crescimento acelerado que ocasiona dores; desajustes posturais ocasionados por motivos diversos (mochila pesada, má postura ao se sentarem no colégio, em frente ao computador e à tv, horas de sono insuficientes ou excessivas); e ocasional sedentarismo, que contribui para o encurtamento muscular, (que também pode estar ligado ao rápido crescimento). Vale lembrar que grande parte das alterações posturais, em especial aquelas relacionadas com a coluna vertebral, têm sua origem na infância e adolescência, fase de crescimento e desenvolvimento corporal.
Nessa situação, fica claro que praticar Pilates na adolescência pode ser uma ótima idéia, pois ele trata de estímulos que adaptam de uma forma ativa o corpo a uma boa postura. Os profissionais de saúde têm indicado a modalidade, mas atualmente estamos sendo surpreendidos com jovens bem informados. A maior parte deles já procura os espaços de prática sabendo dos benefícios que ela proporcionará e escolhendo a modalidade sem influência dos pais. Por outro lado, acreditamos que a divulgação por parte de artistas e celebridades possa também ter alguma influência nessa escolha.
O adolescente, encontrando um profissional que realiza um trabalho sério, fazendo com que o praticante sinta-se à vontade em suas aulas, mantêm sua freqüência e, com o passar de cada aula, sente as diferenças e benefícios do método. Nessas condições, acaba escolhendo o Pilates como a sua atividade física principal, mesmo tendo históricos desanimadores em outras modalidades, tais como esportes coletivos, por exemplo. Como benefício adicional, o aluno aperfeiçoa sua coordenação motora, se a mesma não foi bem trabalhada em sua infância, e consegue melhorar sua concentração e a consciência corporal, que são afetadas nesta fase de turbilhão de hormônios. Mas também existem adolescentes que encontram no pilates a oportunidade de aperfeiçoar sua técnica como alunas bailarinas, nadadores, ciclistas, … ou recuperando-se de lesões por exemplo e conhecendo o lado da reabilitação.
Outro aspecto que vivenciamos ao acompanhar o trabalho com o adolescente é a melhora na auto-estima, pois as práticas possibilitam que o jovem sinta um domínio maior sobre seu corpo, vivencie melhoras físicas e, psicologicamente, permite maior afirmação perante o meio social. Ele gosta das transformações e isso pode revolucionar positivamente a fase que está vivendo, incorporando confiança à sua rotina. E como o trabalho é individual, um bom relacionamento entre instrutor e cliente resulta num treino específico com o devido estímulo e desafios além da avaliação periódica, pois a evolução ocorre de maneira muito rápida. É importante que o instrutor esteja ciente do seu papel e dos procedimentos que devem ser seguidos para o bom andamento do trabalho e quem sabe um bate papo com o aluno seja interessante para conhecermos os gostos do aluno, entendermos suas preferências, inclusive sobre os aparelhos, acessórios e exercícios, e tentar proporcionar um ambiente agradável, que os deixe confortáveis.
Numa pesquisa pela internet, não encontramos dados sobre projetos que utilizam Pilates em colégios no Brasil, mas nos EUA, por exemplo, encontramos projetos orientados à superação do sedentarismo e à educação postural, como uma disciplina curricular adicional. Um dos projetos, chamado Adolescentes Ativos, é realizado na Sierra Middle School (rede de colégios localizados em vários estados), e usa o Pilates como uma ferramenta que estimula a prática junto com uma alimentação saudável, de maneira que o adolescente seja um propagador de hábitos saudáveis em casa e entre os amigos.

Beneficios do Pilates na terceira idade




Os Benefícios do Pilates na Terceira Idade

Os Benefícios do Pilates na Terceira Idade
 “A velhice não é um fato estático; é o resultado e o prolongamento de um processo. Em que consiste este processo? Em outras palavras, o que é envelhecer? Esta ideia está ligada à ideia de mudança. Mas a vida do embrião, do recém-nascido, da criança, é uma mudança contínua. Caberia concluir daí,como fizeram alguns,que nossa existência é uma morte lenta? É evidente que não. Semelhante paradoxo desconhece a verdade essencial da vida: ela é um sistema instável no qual se perde e se reconquista o equilíbrio a cada instante; a inércia é que é o sinônimo de morte. A lei da vida é mudar.”
                                                                                     Simone de Beauvoir. A Velhice. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. p. 17.
De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) em seu documento “Envelhecimento ativo: Uma política de saúde”, uma atividade física regular e moderada reduz o risco de morte por problemas cardíacos em 20 a 25% em pessoas com doença do coração diagnosticada, além de reduzir substancialmente a gravidade de deficiências associadas à cardiopatia e outras doenças crônicas.
O Método Pilates estaria enquadrado neste contexto para prevenção primária, secundária e terciária da saúde. (Pré-doença, Doença latente e Doença sintomática).
São muitos os benefícios proporcionados pelo Pilates aos idosos: aumento de força, maior controle muscular, integração corpo e mente, melhora da capacidade respiratória, aumento da flexibilidade, fortalecimento muscular, correção da postura, reestruturação do corpo, prevenção de lesões, aumento da consciência corporal, aumento da auto-estima e alívio de dores musculares .
O aumento do equilíbrio corporal também é um grande avanço, já que o idoso tem seu equilíbrio comprometido devido à idade. O Pilates é um trabalho aplicado com uma grande margem de segurança, não cansa e não causa dores musculares posteriores, como é o caso da ginástica convencional.
POSTURA
A postura incorreta obstrui a respiração, tensiona os músculos e ligamentos e pode afetar adversamente as articulações da coluna, propensas a artrite, artrose e dor generalizada, além de diminuir a auto-confiança.
As alterações de postura do idoso são: cifose constituída pela cifose dorsal e cervical – a cabeça é projetada para frente e os ombros ficam cronicamente curvados, repuxando apenas os músculos do pescoço; diminuição da curvatura lombar; aumento do ângulo de flexão do joelho e deslocamento da articulação coxofemoral para trás e a inclinação do tronco para frente.
A rigidez articular e muscular que se instalam nos idosos será trabalhada através dos exercícios do método Pilates, assim como a tensão em trapézios e paravertebrais que em conjunto com a “casa de força” levará a uma postura mais alongada.
Vários músculos do sistema respiratório estão inseridos nas vértebras lombares e cervicais e nas costelas influenciando a postura. O diafragma é um músculo respiratório que separa o tórax do abdômen. Quando a “casa de força” nos exercícios do método Pilates é acionada através da respiração, o diafragma é trabalhado levando inclusive a um relaxamento e gerando uma postura correta.
FLEXIBILIDADE
Nos exercícios de Pilates os alongamentos são estimulados sempre, levando a uma maior flexibilidade do corpo. Com o envelhecimento, torna-se maior o número de ligações de colágeno intra e intermolecular, o que dificulta o “deslizamento” das proteínas. O tecido fica mais rígido, menos elástico e mais propenso a lesões. Com o envelhecimento, um estilo de vida pouco ativo e as doenças neuromusculares o tecido colágeno diminue de quantidade e tamanho. Conseqüentemente, o tecido muscular se enfraquece e a elastina aumenta proporcionalmente. Dessa forma, o tecido combina a elasticidade com a fraqueza.
Sabe-se que exercícios de alongamento estimulam a renovação de colágeno para suportar maior estresse.
 Articulações mal alinhadas e frouxas facilitam a instalação de lesões e osteoartroses nos idosos.
O idoso consegue eliminar a rigidez da osteoartrose e grande parte da dor mediante a  pratica contínua de exercícios de Pilates, ativando assim a circulação e diminuindo os espasmos musculares.
É importante para o idoso manter índices de flexibilidade, porque com isso consegue-se interromper a redução natural da flexibilidade. Assim os efeitos dos exercícios de alongamento são positivos independentes do aumento da flexibilidade.
OSTEOPOROSE
Na osteoporose há muita fragilidade do esqueleto e maior suscetibilidade à fratura após pequenos traumas, além de dores nas costas devido a contraturas musculares ou por microfraturas e deformidade da coluna com diminuição da altura da pessoa. Geralmente o fêmur e a coluna são as mais acometidas.
Nos exercícios de Pilates trabalha-se com exercícios de fortalecimento dos músculos envolvidos com estas estruturas e de extensão da coluna visando melhora da força muscular, condicionamento físico e coordenação.  
“Se aos 30 anos você está sem flexibilidade e fora de forma, você é um velho. Se aos 60 anos você é flexível e forte, você é um jovem” (Joseph Pilates)

Pilates para a terceira idade




Pilates para terceira idade é a arte do envelhecer com saúde

O envelhecimento é definido como “o prolongamento e término de um processo representado por um conjunto de modificações físicas, fisiológicas (modificações internas do organismo) e psicológicas ininterruptas as ações do tempo sobre as pessoas”, sendo assim saúde significa estar em bom estado físico, mental e social e não consistindo apenas a ausência de doença, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Envelhecer é um processo lento e progressivo. Ninguém envelhece da noite para o dia. Estas mudanças acontecem de forma contínua, é preciso adaptar-se a elas durante toda a vida.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), afirmou que no princípio do século passado, a expectativa de vida da população era de 35 anos. Atualmente, calcula-se que, nos países desenvolvidos, seja de 74 anos para homens e 82 para mulheres. No Brasil, segundo a mesma pesquisa feita em 2000, a expectativa de vida é de 64 anos para homens e 72 para mulheres.
A porcentagem elevada de pessoas idosas em uma sociedade constitui um índice de progresso e desenvolvimento. Ver cada vez mais idosos nas ruas é motivo de satisfação: isso representa uma vitória em relação ao tempo. Contudo, a preocupação não deve ser quantos anos a pessoa irá viver, mas, sim, de que forma esses anos serão vividos e em que estado de saúde e de espírito.
São muitos os benefícios proporcionados pelo Pilates aos idosos: alívio da dor, principalmente as lombares, maior percepção dos movimentos, fortalecimento muscular, maior equilíbrio, aumento da flexibilidade (musculatura mais alongada), alívio do estresse, entre outros. A grande vantagem está na melhora da auto-estima do praticante, uma vez que ele consegue realizar uma série de exercícios físicos que até então não se julgava capaz. Tudo em benefício dos mais idosos ou de quem tem algum problema de saúde que causa limitações físicas.
Fazer Pilates não é mérito só de pessoas mais jovens. O Pilates oferece um atendimento personalizado para idosos, realizando um trabalho corporal direcionado às pessoas com limitações físicas de acordo com a idade.
O método vem sofrendo aperfeiçoamentos no mundo, mas envolvendo sempre os princípios de controle, precisão, concentração e respiração. Para Pilates, o método permitiria a autonomia dos movimentos corporais, correção da postura e o revigorar da mente.
O aumento do equilíbrio corporal também é um grande avanço, já que o idoso tem seu equilíbrio comprometido devido à idade. Tudo isso sem nenhum risco de lesão corporal, já que Pilates é um trabalho aplicado com uma grande margem de segurança, não cansa e não causa dores musculares posteriores.
O maior equilíbrio muscular possibilita realizar com mais conforto as tarefas do dia-a-dia, dá mais energia.
O respeito aos limites do corpo evita lesões e desgaste físico; a respiração correta aumenta a capacidade pulmonar e melhora a circulação;
As aulas podem ser: individuais ou em grupos de até três pessoas. Isso acontece para que as séries possam ser adaptadas às necessidades de cada praticante e também para que o instrutor possa dedicar atenção à qualidade dos movimentos de cada aluno. Este diferencial privilegia o idoso, já que ele pode se concentrar mais e fazer as sessões com privacidade.
O método utiliza ainda imagens visuais estimuladas pela voz do professor, despertando atitudes corporais durante a aula. Como exemplos de metáforas visuais, o professor diz ao aluno para “arredondar os braços como se estivesse abraçando uma bola” ou “ficar com a coluna ereta como se encostasse a cabeça no teto”. Os alunos colocam os músculos em ação, dirigindo a atenção para a prática correta do movimento.
Contato: Vanessa Braga

Os perigos do açúcar na alimentação




Os perigos do açúcar na alimentação




 Os perigos do açúcar
Stock Xchng
O que todos já sabem é que o açúcar tem muitas calorias, vazias de nutrientes, e que é um grande responsável para o aumento de peso. Porém, alguns trabalhos realizados nestas últimas décadas demonstram que o perigo do açúcar vai muito além de engordar e estragar a silhueta tão querida.
Primeiro porque, só o fato de aumentar a gordura corporal, principalmente a abdominal, já pode desencadear inúmeras disfunções, segundo, por ser um grande agravante no processo de aceleração do envelhecimento e por fim e mais perigoso, é que pode causar até câncer e se tornar um vicio, o que não é nada difícil.


O consumo de açúcar ao longo dos anos vem aumentando cada vez mais, e isto vem de encontro a várias comprovações científicas que dizem que o açúcar vicia tanto quanto o álcool, o cigarro ou qualquer outra droga. Quanto mais se consome mais necessidade tem de consumir e em quantidades cada vez maiores.

A forma que o açúcar é metabolizado pelo organismo o torna muito perigoso. O açúcar é proveniente da cana de açúcar e é classificado como sacarose. Quando digerido, ele se desdobra em glicose e frutose. Excesso de glicose na circulação é ruim, mas excesso de frutose parece ser muito pior.
A frutose derivada do açúcar de cozinha e a frutose ultra concentrada usada no xarope de milho que adoça os refrigerantes e sucos industrializados só podem ser metabolizadas pelo fígado, enquanto que a glicose pode ser absorvida por outros tecidos, como músculos. Se os seus níveis de glicogênio hepático estão cheios, o que acontece todos os momentos do dia, exceto antes de tomar o desjejum, após isso, a frutose é transformada em gordura! A partir do momento que seu fígado não deseja armazenar esta nova gordura, as manda para outras partes do seu corpo; lugares que você não deseja como o seu abdômen ou parte inferior das costas.


MECANISMO DE AÇÃO DA FRUTOSE NO ORGANISMO

Quando as moléculas de frutose chegam ao nosso intestino, onde são absorvidas pela circulação, uma parte é processada pelas células do intestino. Mas boa parte vai para o fígado, um órgão que é habilitado para processar pequenas quantias de frutose, não as altas doses que se ingere a partir dos produtos industrializados. Nosso organismo utiliza a glicose como nosso principal combustível. Já a frutose é uma molécula adicional totalmente desprezível. Por isso, quando as moléculas de frutose são absorvidas no fígado, ele se sobrecarrega tendo que processar ambos combustíveis.

O problema é que o jeito dele de processar a frutose é transformá-la em gordura. Isso explica por que os altos níveis de triglicérides no sangue, o aumento nos estoques de gorduras no fígado, no abdômen e flancos.

As frutas, as verduras e os legumes também contêm frutose, mas em quantidades muito menores.
A frutose natural é saudável, porque vem acompanhada de vitaminas, minerais e fibras.
Esses nutrientes garantem que a frutose seja absorvida lentamente pelo organismo.
A nossa realidade é que a indústria favorece cada vez este consumo, disponibilizando nas prateleiras produtos recheados de açúcar, e a população desde a primeira refeição do dia até a última consome alimentos ricos neste ingrediente, até mesmo sem perceber. Adoçar sucos de frutas, consumir inúmeros cafés com açúcar ao longo do dia, o consumo de refrigerante, balas, chocolates, bolachas, doces, são alguns exemplos de quanto se consome de maneira despercebida e excessiva este grande vilão da saúde. 

E o pior, estes hábitos são passados de pai para filhos, onde até nas mamadeiras já temos a presença de açúcar ou achocolatados açucarados, onde o melhor seria já habituar o filho a introduzir a fruta como maneira de adocicar e enriquecer este leite.

A nossa preocupação vai muito além da educação nutricional que é passada de maneira errônea para as crianças, distorcendo esta palatividade cada vez mais para o sabor doce, mas também, por não terem o mesmo dispêndio calórico de gerações passadas, o que passa a ser mais um agravante para aumentar o risco de obesidade infantil e disfunções associadas.



O AÇÚCAR VICIA
O açúcar aumenta os níveis de hormônios como a dopamina e a serotonina, o que causa uma momentânea sensação de bem estar, mas com a liberação da insulina, esse estado de excitação passa rapidamente, e a pessoa sente vontade de comer mais açúcar, portanto, o açúcar pode viciar.  


Como o perfil metabólico é uma característica individual, nem todos reagem da mesma forma com relação ao consumo do açúcar, porém a grande maioria pode apresentar sérios problemas à saúde, dependendo das suas heranças genéticas, freqüência de consumo, quantidade, idade, sexo e prática de atividades e exercícios físicos.

Estes aspectos podem amenizar ou intensificar os perigos do açúcar no organismo.



PRINCIPAIS PERIGOS DO AÇÚCAR NO ORGANISMO

Obesidade Central (aumento da gordura visceral), aumentando o risco para o desenvolvimento de:
 
Hipertensão; 
Resistência Insulínica; 
Diabetes tipo II;
Dislipidemias;
Doenças Cardiovasculares;
Síndrome Metabólica (associações das  disfunções acima);
Esteatose hepática (gordura no fígado).

Depressão: O açúcar é uma subtância estimulante do sistema nervoso e seu consumo em excesso provoca um aumento brusco da glicemia seguido de sua queda. Essas oscilações de glicemia são acompanhadas de depressão e fadiga, gerando o desejo de consumir mais açúcar e isso desgasta o sistema nervoso, o que pode ser agravado por uma deficiência da Vitamina B1, que é protetora do Sistema Nervoso. Portanto, o vicio do açúcar pode estar relacionado com a causa da depressão e a interrupção do seu consumo pode ajudar no tratamento, lembrando que nos primeiros dias de abstinência é normal sentir desconforto devido ao processo de desintoxicação do corpo;

Disbiose Intestinal (fermentação, mau funcionamento intestinal): Destrói as bactérias benéficas, aumentando a população dos parasitos intestinais, especialmente a Candida Albicans;

Baixa Resistência imunológica: causada por proliferação das bactérias patogênicas e alteração da barreira intestinal, diminuindo as defesas orgânicas;

Diminuição de absorção de magnésio e cálcio: Acarretando maior risco a osteoporose;
 
Aumento dos A.G.E.s (Produtos Finais de Glicação Avançadas): A glicação ocorre quando uma molécula de açúcar em excesso, por aumento da ingestão ou por lentidão do metabolismo da glicose, se adere a uma molécula de proteína (colágeno, elastina, dentre outras) formando os AGEs, que são um complexo açúcar-proteína rígido que altera a estrutura dessas proteínas, impedindo a eficácia no desempenho de seus papéis mais importantes e, na pele, leva ao aparecimento das rugas. Os AGEs ainda são verdadeiras fábricas de radicais livres. Eles se acumulam lentamente ao longo do tempo, piorando seus efeitos prejudiciais no organismo, acelerando o processo de envelhecimento celular;

Aumenta o risco de cáries: o açúcar é capaz de causar danos devastadores aos dentes. Estudos demonstram que níveis de sacarose acima de 28 gramas por dia podem ser considerados como agentes tóxicos para os dentes;
 
Câncer: Já há algumas evidências de que o excesso de açúcar pode provocar câncer. Isso porque o excesso de insulina promove o crescimento tumoral. As células de muitos tipos de câncer dependem de insulina para crescer e se multiplicar. Quanto mais insulina circular no sangue, mais facilmente o câncer se desenvolve. Segundo os pesquisadores, muitas células pré-cancerosas jamais se transformariam em malignas se não tivessem insulina a seu dispor.
Além de sintomas, como: cansaço, sonolência e queda de energia.



DICAS NUTRICIONAIS PARA SUBSTITUIR O AÇÚCAR DOS SEUS HÁBITOS ALIMENTARES 
 

Comece reduzindo o açúcar refinado para ir gradativamente mudando sua palatividade, até eliminá-lo totalmente;

Evite consumir sucos industrializados, refrigerantes, assim como doces de maneira geral, balas, goma de mascar e demais carboidratos simples (arroz, pão, bolachas e bolos). Eles também têm absorção rápida e podem causar danos à saúde;

Não adoce sucos de frutas naturais;
 
Utilize o mel, açúcar mascavo ou demerara, porém, moderadamente, uma vez que também têm uma rápida absorção, não podendo ser usados por pessoas que tem diabetes, mas sua vantagem está no fato de conterem vitaminas e minerais importantes que o açúcar refinado perdeu e por isso “rouba” cálcio e vitamina B1 do organismo;

Se escolher utilizar o adoçante, utilize os naturais como stévia, extrato de agave ou sucralose;

Substitua todos os carboidratos refinados (pães, massa, biscoito) pela versão integral.

A longevidade tem que ser garantida com qualidade de vida que é dependente dos hábitos alimentares que vão se somatizando favoravelmente ou não ao longo dos anos. Portanto, não deixe que o doce de hoje, torne-se amargo amanhã!

Caminhar é saudável




Caminhar para o trabalho é saudável



Caminhar é saudável
Imagem Stock Xchng
Os congestionamentos são comuns nas grandes cidades. Em São Paulo, já se fala que a cidade está travada. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em 2011, a média no município foi de 80 quilômetros de congestionamento no pico da manhã e de 108 quilômetros no da tarde. Em 2010, a velocidade média foi de 19,1 quilômetros por hora no período da manhã e de 17,8 quilômetros por hora no da tarde.

Todos os dias, as imensas filas causam lentidão na velocidade, que em alguns pontos da cidade chega a ser de menos de dez quilômetros por hora. Os problemas de mobilidade nos centros urbanos não são recentes. Na Inglaterra, desde 1929, um grupo de pessoas se reuniu para discutir os problemas do tráfego e as soluções, dando origem à Living Streets, organização não governamental que desde 2001 associa pedestres para buscar formas de promover a mobilidade e o bem-estar dos moradores. Já no início do século XX, o grupo alertava para o problema da falta de mobilidade e buscava soluções. Hoje, a ONG defende uma ideia simples e saudável: andar a pé para o trabalho.

Em média, o paulistano gasta mais de duas horas no transporte para ir para o trabalho e um pouco mais do que isto para voltar para casa. Caminhando, uma pessoa, tranquilamente, vence cerca de cinco quilômetros em apenas uma hora. Dependendo da distância, é preciso considerar se não ganharia tempo fazendo o trajeto a pé ao invés de ficar parado dentro de um carro. É aquela velha história: é mais rápido ir à padaria a pé do que ficar dando voltas no quarteirão para achar uma vaga para estacionar o carro.

Para ganhar tempo ou forçadas pela necessidade de fazer atividade física, as pessoas estão optando por caminhar para o trabalho. Isto é bom! Não se gasta com condução ou combustível: ganha o meio ambiente e aumentam os benefícios para a saúde. Cada vez mais estudos apontam que quem caminha melhora o funcionamento do corpo. Apenas seis minutos de caminhada para o trabalho já podem melhorar a capacidade cardiopulmonar; e mais 30 minutos, que podem ser divididos 15 minutos pela manhã e mais 15 à tarde, são suficientes para a saúde do coração. A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que a pessoa pratique uma atividade física aeróbica durante, no mínimo, 30 minutos, cinco vezes por semana. Para se ter uma ideia, é considerada uma atividade física mínima caminhar 10 mil passos por dia. Quem não faz ao menos o mínimo recomendado, pode ser considerado sedentário. A caminhada é uma atividade física natural, simples e que pode ser praticada pela grande maioria das pessoas. Dizer que não tem tempo para fazer atividade física talvez não seja uma desculpa plausível.

Caminhar para o trabalho pode ser mais fácil do que se imagina. Planeje a sua rota, escolhendo o melhor caminho, que nem sempre é o mesmo que faz o carro ou o ônibus. Quem anda à pé prefere ruas mais bonitas ou o caminho mais curto, inclusive, costuma evitar as grandes avenidas para fugir um pouco do barulho dos carros. Estime o tempo de caminhada para não chegar atrasado. O tempo costuma ser bastante variável de acordo com o ritmo de cada um. Há quem faça um quilômetro em 12 minutos e quem leve 20 minutos para fazer o mesmo percurso. E não é só o ritmo das passadas. Quem tem muitas avenidas para atravessar pode demorar um tanto mais por ter de esperar o semáforo ficar verde.

Dependendo do tempo que for caminhar, é possível que você opte por usar roupas esportivas e trocá-las ao chegar ao trabalho. No entanto, estar com o roupa do trabalho não é empecilho para caminhar. Basta que as peças sejam confortáveis – muitas roupas sociais têm esta qualidade. Calças e saias que restringem os movimentos das pernas devem ser evitadas. Homens são práticos e costumam usar sapatos confortáveis. As mulheres que trabalham de salto alto podem sair de casa usando sapatilha ou tênis e trocar o sapato ao chegar no trabalho. É cada vez mais comum, pelo menos aqui na cidade de São Paulo, ver mulheres trocarem de sapato em ônibus, metrô ou na porta de prédios. O tênis de alta tecnologia é bom, principalmente para os atletas, mas para uma caminhada moderada, de cerca de vinte minutos, não são necessários. Também, nada impede que as pessoas saiam de casa de camiseta e tênis e mudem de roupa ao chegar no trabalho. Em dias quentes, isso talvez seja necessário por causa do suor. Sob o sol, recomendo o uso de um chapéu ou boné. Em país tropical, o protetor solar é obrigatório para evitar o envelhecimento da pele e até o câncer.

Antes de sair de casa observe os objetos que realmente você precisa carregar em sua pasta ou bolsa. A melhor opção para carregá-los é sempre uma mochila. Lembre-se de manter a boa postura para não sobrecarregar apenas um lado do corpo. Evite o excesso de peso para não sofrer com dores nas costas. O recomendável é que o peso a ser carregado não ultrapasse dez por cento do peso de seu corpo. Sempre que possível, não carregue os objetos nas mãos para não ter problemas de esforço repetitivo que podem afetar o pescoço, o ombro, o cotovelo ou o pulso. Não esqueça da hidratação do corpo. Ao caminhar por mais de 20 minutos, é bom beber um copo de água. Para caminhadas de mais de 30 minutos, pode ser necessário tomar um lanche.

Quem não está acostumado a andar, melhor começar aos poucos. Ande alguns metros a mais, até a outra parada de ônibus, antes de embarcar, ou desça uma parada antes da de costume. Vá aumentando o percurso gradativamente, um pouco por dia ou por semana, de acordo com o seu condicionamento físico. Para se sentir mais seguro para iniciar, avise algum amigo ou familiar que possa ser chamado para buscá-lo, caso não seja possível completar o percurso proposto. Tome cuidado com os degraus e buracos nas calçadas. Atravesse as ruas sempre pelas faixas de segurança. Evite passar por locais mais perigosos ou sem iluminação.

São inúmeras as razões para se adotar a caminhada para o trabalho. A primeira é que caminhar é menos estressante do que enfrentar o trânsito dirigindo e procurando lugar para estacionar, ou o transporte público, lotado. Caminhar ajuda a acalmar, inclusive após um dia difícil de trabalho. Ao caminhar à luz do dia, você aproveita o sol para dar a si mesmo uma dose de vitamina D, importante para a fixação do cálcio no organismo. Ao esticar as pernas e movimentá-las, o seu metabolismo já começa a queimar calorias. Andar a pé é ótimo para manter o coração saudável. Aproveite ao máximo seu trajeto para o trabalho. Ao menos, ande um quarteirão a mais na hora do almoço.

A caminhada é uma excelente opção para iniciar atividade física. Tanto que caminhar é o primeiro pedido de médicos quando se pode sair da cama, após passar por cirurgias ou para ajudar a se restabelecer de doenças. Dá para caminhar em ritmos e intensidades diferentes, de acordo com as possibilidades e circunstâncias. Quando o corpo está acostumado à atividade física, é válido incorporar outras práticas, mantendo ou não a caminhada. O importante é não ficar sedentário, que é um agravante para muitos problemas de saúde (obesidade, aumento do colesterol, hipertensão, perda de massa óssea etc.). As atividades físicas são muito benéficas para manter a saúde e a boa disposição. Considera-se atividade física todos os movimentos que fazemos e que provocam gasto energético. É diferente do exercício físico, que é um tipo de atividade vinculada à intensidade, duração e frequência.

São inúmeros os benefícios da atividade física para o corpo e para a mente. A atividade física libera hormônios que atuam no bem-estar (endorfina, que ajuda no relaxamento, e serotonina, responsável pela satisfação). Eles contribuem para a sensação de autoconfiança, otimismo, alegria e influenciam até no sono. A atividade física melhora a disposição para as atividades cotidianas. Também melhora a força muscular, o que ajuda a manter o equilíbrio.

Embora os benefícios da atividade física sejam bastante divulgados e entendidos pela maioria, acredito que as pessoas ainda precisem desenvolver o hábito de praticá-la. Falta motivação. A caminhada, acredito, é sempre um excelente começo para avançar na prática da atividade física; quase não tem contraindicação. É democrática não só porque pode ser praticada quase que por todos, mas porque não depende de dinheiro ou equipamentos; e pode ser realizada individualmente ou em grupo, aproveitando a vantagem da socialização. No geral, a atividade física praticada perto de casa é mais fácil de entrar para a rotina. Quando é preciso se locomover para longe, a tendência de se desestimular é grande. Encaixar a atividade física na rotina é um desafio que proponho para melhorar a qualidade de vida.

Fabio Ferraz do Amaral Ravaglia (CRM-SP 54.294 e RQE 11.990/89) Cirurgião ortopedista e traumatologista, Fabio Ravaglia é presidente, desde 2005, do Instituto Ortopedia & Saúde (IOS) – organização não governamental que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção a doenças, principalmente aquelas associadas à terceira idade, e que organiza o Projeto Cidadania – Caminhadas com Segurança, evento mensal que incentiva a atividade física e conta com uma feira de saúde aberta à população para a realização de exames gratuitos.

Malefícios do excesso de sal.



Excesso de sal pode causar doenças cardiovasculares




Excesso de sal pode causar doenças cardiovasculares
Stock xchng
Entenda como o sódio age no organismo e porque a redução do consumo a níveis recomendados pela OMS permitiria que 1,5 milhão de brasileiros abolissem a medicaçãopara hipertensão

Apesar de ter papel importante no organismo e contribuir para um bom funcionamento do corpo, o consumo abusivo do sal de cozinha pode trazer problemas à saúde. O excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, está associado ao desenvolvimento da hipertensão arterial, de doenças cardiovasculares, renais e outras, que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e no mundo.

O sódio é responsável pela regulação da quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração no equilíbrio entre esses líquidos. O organismo retém mais água, que aumenta o volume de líquido, sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à hipertensão. A pressão alta prejudica a flexibilidade das artérias e ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) do Ministério da Saúde revelam que 22,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico de hipertensão.

Por dentro, os vasos são cobertos por uma fina camada, que é lesionada quando o sangue circula com pressão elevada. Com isso, eles se endurecem e ficam estreitos, podendo entupir ou romper com o passar dos anos. O entupimento de um vaso no coração pode levar a um infarto -- 79.297 óbitos em 2010. No cérebro, o entupimento ou rompimento levam ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame – causou 99.159 mortes em 2010. Nos rins, podem ocorrer alterações na filtração do sangue e até a paralisação dos órgãos. Portanto, evitar a ingestão excessiva de sal é uma medida simples que pode prevenir contra vários problemas graves de saúde.

A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

OPÇÃO SAUDÁVEL – Uma das maneiras mais práticas de diminuir o consumo de sódio é observar as informações nutricionais no verso das embalagens ao comprar alimentos industrializados. Se a quantidade for superior a 400mg em 100g do alimento, é considerado um alimento rico no nutriente, sendo prejudicial à saúde. É recomendável sempre por escolher aquele que apresentar menos sódio.

“Além de reduzir a quantidade de sal no preparo da comida, podemos substituí-lo por outros condimentos, que inclusive vão dar um sabor melhor. É melhor utilizar ervas desidratadas e temperos naturais, como salsa, cebolinha, pimenta e outros. O uso de temperos industrializados também deve ser evitado, pois contêm alto ter de sódio”, recomenda Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Para contribuir com a diminuição do consumo de sódio, o Ministério da Saúde firmou um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em alimentos processados. Desde 2011, governo federal fechou três termos de compromisso para que várias categorias de alimentos sejam produzidas com menos sódio.

“Esse acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos prejudiciais à saúde e reforça o compromisso do governo federal na promoção de hábitos de vida mais saudáveis dos brasileiros. Com a iniciativa, o Brasil protagoniza a elaboração de um modelo que pode virar referência para diversos países”, completa Patrícia Jaime.

Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões instantâneos, bisnagas e vários outros terão metas para os próximos anos de redução do teor de sódio. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio. O acordo determina acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos alimentos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado.

Por Samuel Bessa, da Agência Saúde

Resiliência: competência essencial no ambiente organizacional



BEM-ESTAR: Resiliência: competência essencial no ambiente organizacional




BEM-ESTAR: Resiliência: competência essencial no ambiente organizacional
Imagem Catho
Existem pessoas que, quando colocadas em situações de pressão ou estresse, sabem que não podem perder o controle das emoções. Nestes casos, buscam saídas como respirar fundo e lavar o rosto no banheiro.

Estes recursos são exemplos simples para ilustrar a resiliência, pois um dos fatores que compõe esta competência é a tolerância. Do mesmo modo que, intuitivamente, alguns desenvolvem estes pontos de equilíbrio, estudiosos criaram técnicas para este intuito.

A resiliência é uma competência influenciada pelo estilo de vida do indivíduo. Quanto mais ganhamos consciência sobre as próprias reações e comportamentos diante de situações de pressão e desafios, por exemplo, mais dominamos estas questões. Nas empresas, após um período longo de enxugamento no quadro de funcionários e aumento da competitividade, o ambiente de trabalho se tornou altamente estressante.  “A resiliência é a capacidade de uma empresa, um líder, uma equipe ou talento, promover as transformações necessárias para alcançar o seu propósito. Você é resiliente quando cresce nas mudanças, inova, se antecipa às situações e produz coerência estratégica para sua equipe e clientes. Sua influência como um ser resiliente precisa ter mais impacto proativo e orientado para o futuro”, explica Eduardo Carmello, palestrante especialista no tema.

Empreendedores e líderes vivem, por si só, sob demandas desafiadoras e cheias de pressão. Estes profissionais convivem em ambientes e atuam em situações de alto risco, onde conviver com crises é um fato normal. “Vivemos uma realidade onde crises econômicas e turbulências acontecem em períodos cada vez mais curtos. As empresas estão sendo desafiadas, e por consequência, os dirigentes destas organizações também. Estes profissionais precisam ter sangue frio e capacidade de enfrentar situações inusitadas, com desfechos, muitas vezes, negativos”, comenta Paulo Sabbag, professor da Fundação Getúlio Vargas. De acordo com o professor, para organizações mais estruturadas e com RHs mais completos, identificar profissionais com resiliência vem se tornando uma premissa.

Conceito de resiliência provém da Física

O que faz um prédio não sucumbir a um terremoto é a conjunção de força com flexibilidade, o que caracteriza a resiliência. Desde o século XVII se estuda os corpos elásticos por meio da Física, e a psicologia utilizou-se desta analogia para transpor ao universo empresarial o poder de profissionais, submetidos a condições extraordinárias (adversas ou desafiadoras), voltar a suas rotinas consideradas normais.

“Ser mentalmente flexível é necessário para lidar com novos problemas ou ações pouco estruturadas. Considero a resiliência como a competência mais importante desta primeira metade do século XXI”, aponta Sabbag.

10 dicas de como desenvolver a resiliência

Há 20 anos, o mercado corporativo exigia que as pessoas assumissem mais riscos. Hoje, fica o que se valoriza é conviver com estes desafios. Levantamos 10 dicas para desenvolver esta competência:

·         Procure, na medida do possível, protagonizar as situações;
·         Visualize o futuro próximo e antecipe tendências e acontecimentos;
·         Crie um significado para a sua realidade;
·         Procure conhecer a verdadeira dimensão do problema;
·         Separe quem você é do que você faz;
·         Procure desenvolver relacionamentos significativos;
·         Aprenda a enxergar as soluções;
·         Reconheça seus sentimentos e necessidades de seu corpo;
·         Tenha como parceiro constante a Criatividade e Inovação;
·         Cultive e valorize seu poder de escolha.

As características do profissional resiliente precisam ser “manifestadas” nos momentos de complexidade e mudança, não apenas nos momentos de conforto, estabilidade ou conveniência. “O ser resiliente é aquele que está saltando continuamente, renovando e transformando-se sempre. É uma pessoa impulsionada por um propósito maior, proativa e que constrói realidades”, completa Carmello.

Longevidade e Tecnologia





Viver mais e melhor com a ajuda da tecnologia



Saúde e tecnologia
Ao redor do mundo, as pessoas vivem muito mais hoje e querem continuar saudáveis, independentes e ativas por mais tempo. Com a expectativa de vida cada vez maior, ninguém quer perder a destreza e comprometer as atividades. O estilo de vida da terceira idade de agora e das futuras gerações está bem diferente daquele de meus avós – novas atividades substituem a antiga rotina. 

É na terceira idade que está despontando o grupo que quer desfrutar as alegrias da vida, aproveitando o que conquistou. Cada vez é mais comum falar em lazer, turismo e atividade física para a terceira idade. Há pacotes de viagens, equipamentos de ginástica específicos em parques públicos e muitas academias com aparelhos eletrônicos e variadas técnicas de ginástica para as necessidades de quem já passou dos 60 anos. Tecnologias incríveis aumentam o conforto do lar e até facilitam na hora de dirigir, a ponto de um carro não precisar mais de motorista. Na realidade atual, não há mais espaço para aquele barbante amarrado no dedo que ajudava a lembrar de coisas a fazer. O nó muitas vezes era para marcar a necessidade de tomar um remédio. Questões de saúde inerentes à idade precisam ser tratadas e as novidades estão aí para ajudar.

Não há mais que se preocupar em lembrar da série de consultas e exames médicos ou dos horários dos remédios. A eletrônica pode ajudar em tudo isso com diversas alternativas. A telefonia móvel tem atributos que podem facilitar. Há aparelhos com agendas que avisam até antecipamente dos compromissos. Começo por falar dos celulares porque os aparelhos são cada vez mais comuns em todas as idades. Agendas eletrônicas em microcomputadores, laptops ou tablets também poderiam fazer o mesmo trabalho. Relógios com dispositivos eletrônicos podem ser programados com diversos horários (aqueles que atletas usam). Há também aplicativos para tocador de áudio digital.

Já há tecnologias específicas para quem sofre de perda de memória. Recentemente, foi testado nos Estados Unidos um aplicativo bem sofisticado, que dá um alerta sonoro e liga a webcam do microcomputador ou do laptop. A câmera reconhece o rosto do paciente e verifica se ele está tomando o medicamento. A ação pode ser gravada. Seria a solução para pacientes em luta contra a doença de Alzheimer. Quem sofre deste mal esquece de tomar os remédios ou toma e esquece que tomou. Nas duas situações, o tratamento é prejudicado e um risco para a saúde, tanto pela falta quanto pelo excesso de medicamento.

Uma novidade no exterior é o frasco de remédio que avisa quando está na hora de tomar o medicamento. O funcionamento é bastante simples. Quando o frasco é aberto pela primeira vez, um sinal wireless é enviado para uma base eletrônica, que aciona o cálculo dos horários das próximas doses. Na hora certa, a base dá um alerta luminoso e toca música. Caso o alerta não seja desligado, o programa envia uma mensagem para o celular do paciente.

No Brasil, o Ministério da Saúde quer disparar SMS para intensificar a campanha de tratamento e prevenção precoce da tuberculose. O serviço enviará mensagens para o celular de pacientes em acompanhamento, com o objetivo de evitar o abandono do tratamento, que dura cerca de seis meses em média. Uma medida interessante, já que o tratamento está disponível no serviço público e o que falta é o paciente fazer o que o médico pede. Além da melhoria da saúde pública, a iniciativa também poderá vir a reduzir o gasto com pacientes que abandonam o tratamento, pioram e precisam até ficar internados.

Todo tratamento exige uma boa aderência do paciente. O uso correto das medicações prescritas é fundamental. Remédios são receitados em doses, na quantidade certa, em horários estabelecidos pelo tempo necessário. O rigor na hora de tomar o remédio certamente ajuda a evolução do tratamento. Por isso, o médico precisa explicar muito bem, anotando na receita e falando, e o paciente tem o dever de perguntar se não entendeu algo sobre o remédio, a dosagem, os horários, a diluição do medicamento em pó e até a letra do médico. Não é preciso ter vergonha de perguntar. Cito as barreiras mais comuns que fazem com que os pacientes não iniciem ou abandonem o tratamento: falta de dinheiro para comprar os remédios; falta de confiança de que o tratamento seja necessário e contribuirá para a recuperação; falta de entendimento do receituário; e falta de organização para tomar vários remédios em horários diferentes. Problemas que podem ser minimizados com o uso da tecnologia.

Não tomar medicamento corretamente traz consequências para a saúde. Deixar de tratar pode causar danos e levar a complicações que pioram a qualidade de vida. Mesmo quando está se sentindo bem após tomar remédio por alguns dias, o tratamento precisa ser continuado pelo tempo determinado, a não ser que o médico diga que pode interrompê-lo. Antibiótico, por exemplo, é imprescindível manter os horários prescritos, caso contrário há risco das bactérias resistirem e se desenvolverem até mais fortes. Não se deve fazer automedicação e isto significa também não tomar ou dividir remédios com outras pessoas.

O diagnóstico é feito pelo médico e é ele quem diz qual medicamento deve ser ingerido durante a refeição ou não. Há remédios que não devem ser misturados a alimentos porque podem comprometer a absorção pelo organismo. Da mesma forma, é preciso comunicar ao médico os remédios que já faz uso, mesmo que sejam vitaminas ou fitoterápicos, para ele analisar a melhor maneira de ingestão com outros medicamentos que sejam necessários. O médico costuma avisar dos efeitos colaterais, mas em caso de dúvida ou incomodo, converse novamente com o médico.

Em enfermagem, costuma-se usar a regra dos cinco certos para administrar medicamentos. O enfermeiro precisa conferir se o medicamento está certo, se o paciente é o certo, se a dose está precisa, se está na hora certa e se a via é a correta. Portanto, mantenha o papel com as anotações das medicações, doses e horários. Conte com a ajuda da tecnologia, programando um dispositivo, de preferência móvel. Existe uma série de aparelhos portáteis, celular, palmtop etc., que ajudam pacientes a aderir ao tratamento. Conte com eles para gerenciar melhor o uso de medicamentos.

Outras novidades que acho interessantes para os pacientes com perda de memória são os jogos eletrônicos, que podem ajudar a estimular a memória, divertir a cabeça e exercitar a massa cinzenta. Mas lembre-se de não ficar sedentário. Alterne com atividade física, que também pode ser feita em consoles, com jogos que incentivam o movimento do corpo, como o Wii e o Play Station 3. Para exercitar o cérebro, também é simples fazer atividades físicas neuróbicas, como trocar o relógio de braço ou comer e escrever com a mão que não costuma usar.

Sempre tive dúvida em relação à pastilheira, recipiente que se propõe a organizar as doses de remédios. Já vi muita gente tomar o comprimido errado ou a caixa se abrir e misturar tudo, sem que a pessoa consiga saber qual comprimido é de que remédio. O melhor é sempre manter os remédios nas embalagens originais. Nelas você tem o nome do medicamento, a bula e o mais importante, a data da validade. Remédios vencidos não devem ser ingeridos. No mundo moderno, não parece que pastilheira e despertador são coisas do passado? Vamos aproveitar a tecnologia e cuidar da saúde. Vida longa a todos!

Fabio Ferraz do Amaral Ravaglia - Cirurgião ortopedista e traumatologista, é presidente, desde 2005, do Instituto Ortopedia & Saúde (IOS) – organização não governamental que tem a missão de difundir informações sobre saúde e prevenção a doenças, principalmente aquelas associadas à terceira idade, e que organiza o Projeto Cidadania – Caminhadas com Segurança, evento mensal que incentiva a atividade física e conta com uma feira de saúde aberta à população para a realização de exames gratuitos.   www.ortopediaesaude.org.br