quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Diferenças entre light e diet




Light x Diet: qual devo consumir?


Desde o início da comercialização dos produtos Diet, as pessoas naturalmente os associavam a produtos de baixo valor calórico e, dessa forma, os viam como grandes aliados nas mais variadas dietas. Quando os produtos Light surgiram, iniciou-se, então, uma confusão: para que serve, afinal, cada um deles? As controvérsias permanecem até hoje, e geram cada vez mais dúvidas nos consumidores.
As diferenças entre os produtos Diet e Light são bastante pontuais. No caso dos alimentos Light, estes contêm pelo menos 25% de redução de um ou mais componentes, como o açúcar, gorduras, colesterol e sódio. Assim, atendem às necessidades nutricionais das pessoas que se preocupam com o bem-estar e a manutenção da saúde. Segundo a nutricionista da Clínica Leger, Aline Moscoso, os produtos light podem ser indicados para pessoas com problemas de hipertensão, pois a quantidade de sal nestes alimentos é reduzida. “Recomenda-se, também, que pessoas com excesso de peso consumam os produtos Light, uma vez que eles possuem baixos teores de gorduras e açúcares”, explica Aline.
Entretanto, entre os alimentos Diet surgiram algumas incertezas. De acordo com a legislação por Categoria de Produto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os produtos Diet são “os alimentos especialmente formulados ou processados, nos quais se introduzem modificações no conteúdo de nutrientes, adequados à utilização em dietas diferenciadas e/ou opcionais, atendendo as necessidades de pessoas em condições metabólicas e fisiológicas específicas”. Isso significa dizer que são produtos elaborados industrialmente, com ausência ou quantidades bem reduzidas de determinados nutrientes, que podem ser carboidratos, açúcar, sal, lactose e gordura.
Comumente, os alimentos Diet são fabricados com a ausência de açúcar, destinados a atender uma dieta específica de pessoas com diabetes. Contudo, também podem ser utilizados para pessoas com outros problemas, como taxas altas de triglicérides, devendo consumir produtos com quantidade reduzida de carboidratos.
O que muda nos alimentos Diet?
Quando algum nutriente é retirado do produto, como o açúcar, por exemplo, ele perde aspectos como a textura e o sabor. Para compensar, portanto, ocorre a substituição por adoçantes dietéticos, permitidos para os diabéticos. Além disso, para adquirir uma textura natural, os fabricantes compensam a falta com adição de gorduras, o que faz com o que o total de calorias fique equivalente ao produto que contém sacarose, não sendo recomendado, assim, para pessoas que pretendem perder peso.
Quando surgiu a cultura do Diet?
O primeiro refrigerante Diet que surgiu no mercado foi o “No-Cal”, lançado em 1952 pela Kirsch Beverage Company, de Nova York. Porém, o produto foi suprimido pela Coca-Cola e pela Pepsi, nos anos 60, que introduziram suas primeiras bebidas gasosas do gênero. No Brasil, o primeiro refrigerante Diet foi o Dolly, surgido em 1987.
Desde 1988, os produtos Diet e Light estavam enquadrados pelo Ministério da Saúde na categoria de “alimentos especiais”. Com a nova legislação, de 1998, os fabricantes passaram a especificar essa diferença nas embalagens. É importante, assim, que o consumidor observe as informações nutricionais e os teores de cada substância, disponíveis nos rótulos dos produtos Diet e Light. Dessa forma, estará exposto quais os nutrientes retirados e se essa nova formulação se aplica ao que é recomendado para cada caso. Isso porque o produto Diet não deverá ter a adição de um componente, que não é, por via de regra, o açúcar.
Quais são os adoçantes mais utilizados nos produtos Diet e/ou Light?
São três os adoçantes mais utilizados em produtos de baixo valor calórico, ou seja, tanto para o Diet quanto para o Light. São eles a Sacarina, o Aspartame e o Stévia. A Sacarina é utilizada como adoçante não calórico, sendo 300 vezes mais doce que a sacarose. Ela não é metabolizada pelo organismo e, por isso, é excretada sem alterações. Apesar das suspeitas de que ela estaria ligada com casos de câncer, ela foi considerada como segura pela Food and Drug Administration (FDA), departamento que fiscaliza a produção e comercialização de alimentos e remédios dos Estados Unidos, e permitida em mais de 100 países, devido à falta de comprovações de que seria tóxica ao ser humano.
O Aspartame é o aditivo alimentar mais utilizado em bebidas, com a função substituir o açúcar comum, com poder adoçante cerca de 200 vezes a sacarose. Foi liberado pela FDA, em 1994, como adoçante de uso geral e, em 1999, no Brasil pela ANVISA. Porém, segundo o Instituto Nacional do Câncer, recentes notícias divulgadas na internet relacionam o uso frequente de Aspartame a problemas de saúde. Com isso, o adoçante vem sendo alvo de especulações quanto à veracidade de seus efeitos no organismo humano a longo prazo.
O Stévia é um edulcorante não calórico, extraído das folhas da Steviarebaudiana, planta silvestre nativa do Brasil. As folhas têm poder adoçante 300 vezes superior ao do açúcar comum, apresentando sabor agradável e sem gosto residual. O produto é indicado para dietas com restrição de açúcar, tais como a dos diabéticos e, em 2005, sua importação e venda foi reconhecida pela FDA.
Para saber qual é a dieta nutricional mais recomendada para o seu caso, é imprescindível a consulta com um nutricionista. A Clínica Leger conta com profissionais qualificados, que irão indicar o que o paciente deve consumir, sempre objetivando uma dieta nutritiva, balanceada e, sobretudo, saudável.

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