sábado, 8 de setembro de 2012

Osteoartrite e Pilates


Osteoartrite e Pilates, uma combinação que dá resultado!


Foto Chico Audi
Afinal, o que é a Osteoartrite? É uma doença articular degenerativa, que atualmente vêm tendo sua maior prevalência em pessoas acima dos 65 anos.

Anteriormente acreditava-se ser uma doença progressiva, de evolução arrastada, sem perspectivas para o tratamento sendo encarada por muitos como um natural processo do envelhecimento.  No entanto, novos estudos foram realizados a fim de modificar tal pensamento, impondo a possibilidade de modificar o curso evolutivo da enfermidade tanto em relação ao tratamento sintomático imediato, quanto o seu prognóstico. 

A Osteoartrite é uma das causas mais frequentes de dor músculo-esquelético e de incapacidade para o trabalho no Brasil e no mundo. É uma afecção dolorosa das articulações que ocorre por insuficiência da cartilagem (camada de tecido elástico e flexível localizada entre as articulações), ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição dos seus principais elementos da mesma, associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica do corpo, alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial (espécie de cápsula que protege as articulações) e fatores genéticos. 

Vamos dar voz agora ao método Pilates, que consiste em um trabalho de fortalecimento equilibrado de toda cadeia muscular e ao mesmo tempo ganho de flexibilidade. Melhora da consciência corporal trazendo percepção do “eu” com o meio, agilidade e equilíbrio.

O cliente com essa patologia consegue eliminar a rigidez da osteoartrite e grande parte da dor mediante a prática contínua de exercícios de Pilates, ativando assim a circulação e diminuindo os espasmos musculares. Existe um grande repertório de exercícios precisos e simétricos executados sem impacto em aparelhos diferenciados ou até mesmo no solo, visando à funcionalidade, à organização e fortalecimento da cintura escapular, tronco e braços, bem como a região lombopélvica, pernas e pés, com foco na amplitude articular, alongamentos e reforço muscular, fundamentais para a prevenção dos sintomas dolorosos. 

Nessas circunstâncias, a prática do método tem muito a contribuir para indivíduos que são acometidos por tal doença, afim de reestabelecer a estrutura morfológica, trazendo a ela força, flexibilidade e principalmente mobilidade articular garantindo a segurança durante a execução dos exercícios. O trabalho do profissional tem de ser gradativo respeitando os sintomas de dor ou qualquer queixa de desconfortos ditos pelo aluno, e no decorrer do processo, tal indivíduo vai adquirindo maior independência, confiança e diminuição da dor.

Considerações Finais da Instrutora Alinne Coelho:

Exercícios: ajudarão a melhorar os movimentos e a execução das funções diárias, sendo recomendado por aumentar a circulação sangüínea, melhora e manutenção da postura e função respiratória, proporcionando saúde e bem-estar, além da melhora na qualidade de vida;

Esclarecimento sobre a doença: a doença não é sinal de envelhecimento, está relacionada com a capacidade funcional, sendo que a intervenção terapêutica trará considerável melhora de qualidade de vida;

Devemos motivar e envolver o praticante nas sessões, pois ele é um agente ativo do seu programa de aulas;

A prática de atividades esportivas deve ser estimulada, porém, sob orientação de um profissional habilitado;

Oriente-o para cuidados com relação ao uso de rampas e escadas e à ergonomia do trabalho doméstico e/ou profissional.

REFERÊNCIAS

1. Superio-Cabuslay E, Ward MM, Lorig KR. Patient education interventions in osteoarthritis and rheumatoid arthritis: a metaanalytic comparision with nonsteroidal antiinflammatory drug treatment. Arthritis Care Res 9:292-301, 1996.
         
2. Ettinger WH Jr, Burns R, Messier SP, et al. A randomized trial comparing aerobic exercise and resistance exercise with a health education program in older adults with knee osteoarthritis. The Fitness Arthritis and Seniors Trial (FAST). JAMA 277:25-31, 1997

3. Van Baar ME, Dekker J, Oostendorp RA, et al. The effectiveness of exercise therapy in patients with osteoarthritis of the hip or knel: a randomized clinical trial. J Rheumatol 25:2432-9, 1998.

4. Pendleton A, Ardeu N, Dougados M, et al. EULAR recommendations for the management of knee osteoarthritis: report of a task force of the Standing Committee for International Clinical Studies Including Therapeutic Trials (ESCISIT). Ann Rheum Dis 59:936-44, 2000.

5. Cushnaghan J, McCarthy C, Dieppe P. Taping the patella medially: a new treatment for osteoarthritis of the knee joint? BMJ 308: 753-5, 1994.
6. Toda Y, Segal N, Kato A, Yamamoto S, Irie M. Effect of a novel insole on the subtalar joint of patients with medial compartment osteoarthritis of the knee. J Rheumatol 28:2705-10, 2001.

Por: Alinne Coelho 

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