quarta-feira, 19 de dezembro de 2012



Como será seu ano de 2013?O que você pretende fazer no ano que vem? Como foram os 365 dias de 2012? Essas são perguntas que vêm à cabeça de todo mundo que comemora o Ano-Novo. E, além de todas as simpatias para a hora da virada, existem as famosas promessas. Parar de fumar, matricular-se na academia, concluir aquela pós-graduação, alimentar-se melhor... Enfim, quem nunca começou janeiro com muito pique para resolver a vida de uma vez por todas?
 
Segundo o psicólogo e terapeuta Denigés M. Regis Neto, “o Réveillon é a representação do início de um ciclo, como vários outros que vivemos. Os dias, as semanas e os meses costumam ser as referências para nossas atividades, nossos planejamentos etc. O final de um ano e o início de outro têm um papel semelhante – é como se fosse um marco”.
 
A diferença é que o ano é a maior referência, o maior ciclo. “O fato de ser um evento importante para muitas pessoas agrega significados a essa data. Evidentemente, não é necessário um momento específico para renovar ou mudar algo em nossa vida, mas isso ajuda a, no mínimo, organizar nossos desejos e objetivos, pois criamos planos para conquistá-los. É como se olhássemos a nossa própria história num flashback e, a partir daí, criássemos novas expectativas”, resume.
 
Esse momento de relembrar e refletir é, portanto, bastante útil para gerar um autoconhecimento e nos ajudar com as decisões futuras. “Pensar sobre o passado sem fazer planos pode nos levar somente ao saudosismo ou a uma estagnação, pois apenas projetar, sem fazer uma reflexão a respeito do que se viveu, dificulta a criação de objetivos atingíveis, possíveis”, afirma o psicólogo.

 

O segredo está na persistência e no planejamento. Cumprir ou não cumprir?

 
Na maioria das vezes, é quase inevitável passar pelo dia 31 de dezembro sem refletir sobre o que passou e planejar o que será feito. No entanto, fazer uma lista não é sinônimo de que ela será cumprida. Geralmente, o problema está na forma como ela foi pensada.
 
“Só desistiremos das coisas que, na verdade, não queríamos ou daquelas em relação às quais não conseguimos construir um caminho sólido para atingir. E ‘sólido’ pode significar devagar; porém, sempre será constante!”, continua Denigés.
 
O segredo está na persistência e no planejamento. “As resoluções de Ano-Novo costumam ser desejos por mudanças de hábitos (perder os que são prejudiciais ou adquirir os saudáveis). As promessas podem servir para nos animar, motivar, mas a mudança de verdade precisa de prática diária!”, atesta o psicólogo.

 

Autoconhecimento

 
Se força de vontade é a chave, será que é possível adquiri-la? A resposta é animadora: “Acredito que uma pessoa determinada é alguém que aprendeu a planejar bem a própria vida”.
 
Segundo o terapeuta, uma pessoa que se conhece sabe melhor como planejar suas próprias atividades, reconhece os horários em que o cérebro não rende tão bem, os hábitos que são mais difíceis de mudar e consegue pensar em estratégias eficazes para fazer alterações em sua rotina, pois tem consciência dos prejuízos de não cumprir com o que combinou consigo mesmo. “O primeiro passo é saber o que e por que deseja. Muitas vezes, não conseguimos realizar um plano ou promessa de Ano-Novo porque, sem perceber, na verdade não queremos aquilo”, pontua.
 
Uma maneira de descobrir do que você realmente gosta pode ser experimentando coisas novas. “Por exemplo, se desejar fazer exercícios, precisa rever seus horários de trabalho; portanto, sua resolução de Ano-Novo deveria ser ‘Vou tentar trabalhar menos’ em vez de ‘Vou voltar a fazer exercícios’. Nossos hábitos competem entre si. Devemos conhecê-los para controlá-los. Uma mudança, qualquer que seja, transforma um equilíbrio já estabelecido em nossas vidas, por isso é tão difícil!”, resume o psicólogo.
 
Então, antes de pegar papel e caneta para anotar os famosos “parar de fumar” e “voltar para a academia”, que tal dar uma olhada na lista de “Resoluções para Fazer Resoluções” que o Portal Vital preparou? Confira  as dicas a seguir e Feliz 2013!

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